Atividades de orientação vocacional
Quando pensamos em orientação vocacional, na maioria das vezes, pensamos em testes e avaliações. No entanto, um processo de orientação vocacional, inclui muitas outras atividades. Uma das mais importantes é a pesquisa de informações.
Decisões informadas são melhores decisões.
Quando fazemos uma escolha informada, sentido-nos mais seguros das nossas decisões!
Em primeiro lugar, temos de pesquisar as áreas de estudo: as matérias, as opções e as variantes disponíveis. Em segundo lugar, temos de saber quais são as saídas profissionais de cada área. Por último, temos de perceber se essas profissões se enquadram no estilo de vida que queremos ter.
Esta pesquisa é vital, podemos realizá-la individualmente ou envolver a família, mas temos sempre de fazê-la.
# 1 – Pesquisar as áreas do ensino secundário.
Esta é a primeira das atividades de orientação vocacional. É, também, a mais importante, uma vez que é determinante para a nossa vida escolar.
Mas, sendo a mais importante é também a mais difícil. Se há quem escolha uma área que gosta, também há quem escolha para fugir ao que não gosta.
Ou seja, as motivações variam de pessoa para pessoa. Contudo, há várias áreas e opções distintas, precisamos de conhecê-las bem para escolher melhor.
O nosso futuro escolar depende, em grande parte, desta escolha.
# 2 – Pesquisar as instituições e os cursos.
Depois da entrada no secundário, é chegado o momento da segunda das atividades de orientação vocacional: planear o curso pós-secundário.
Temos à partida duas opções de base: um curso técnico profissional superior ou uma licenciatura. Não é uma decisão fácil, já que existem muitas instituições com cursos nas mesmas áreas.
Por isso, a pesquisa é tão importante, para percebermos de qual gostamos mais. Além disso, não queremos fazer uma escolha que nos deixe infelizes!
Condições de acesso
Conhecer bem as condições de acesso a cada curso, é também uma das atividades de orientação vocacional indispensáveis, a partir do 10º ano.
Sabemos que as médias de acesso podem ser uma barreira à entrada na universidade. Por isso, precisamos de estar bem atentos a elas, ao longo do secundário. Anualmente, vários meios de comunicação publicam as médias de acesso.
Outra informação importante é a reputação de cada instituição no mercado de trabalho. Nomeadamente, o índice de empregabilidade do curso que pretendemos frequentar. Acima de tudo, é importante saber se o curso que nos interessa proporciona ou não emprego nessa área.
Certamente que terminar o curso e não ter trabalho na área é uma grande desilusão.
Para conhecer as instituições de ensino superior e politécnico existentes, e qual a sua oferta de cursos, o site da DGES disponibiliza aqui uma lista exaustiva.
No caso do ensino profissional, a lista das instituições e dos cursos está mais dispersa, contudo podemos consultar aqui uma lista exaustiva.
# 3 – Pesquisar perfis de profissões
Outra das atividades de orientação vocacional fundamentais é conhecer os perfis profissionais.
Cada profissão tem tarefas a cumprir, rotinas e responsabilidades específicas. O conhecimento técnico ou científico também é diferente para cada uma delas. Conhecer as exigências de cada uma, ajuda-nos a avaliar as opções de estudo e profissão. Além disso, vai ajudar a ter uma ideia clara sobre cada profissão.
É fácil encontrar os perfis profissionais online, em vários sites nacionais e estrangeiros. Um bom exemplo é o site inglês Prospects, onde a busca pode ser realizada por profissão ou por setor.
Não sei que profissão quero ter
Mesmo quando não sabemos exatamente que curso ou profissão queremos, devemos pesquisar. Esse conhecimento vai ajudar-nos a ter uma ideia mais clara, do que faz cada profissional na sua área.
Esta é uma das atividades de orientação vocacional mais importantes que podemos realizar. É fundamental ter tempo para refletir sobre este conhecimento e, por isso, devemos realizá-la ao longo do secundário.
# 4 – Conversar com profissionais
Conhecer pessoas, que trabalham em áreas do nosso interesse, é ter um testemunho directo dos desafios e obstáculos de cada profissão; ficamos a conhecer o dia-a-dia deles e podemos avaliar se corresponde ou não aos nossos desejos.
Além disso, manter contacto com o meio profissional é fundamental para a realização de um estágio, por exemplo.
Com quantas pessoas falar
Não há uma número exato, mas para formar uma opinião realista, devemos conversar com mais do que um profissional de cada área.
Por exemplo, se queremos conhecer melhor a profissão de um médico pediatra, podemos falar com alguém que trabalhe no SNS, com um médico que trabalhe numa clínica particular e outro que trabalhe numa ONG. Já para conhecer a profissão de gestor, podemos falar com quem trabalha num banco, numa área industrial e numa área comercial.
Encontrar as pessoas com quem falar
Certamente que a maneira mais fácil de começar é pelas pessoas que conhecemos. Mas, se isso não for possível, devemos elaborar uma estratégia de ação. Em primeiro lugar, identificar os profissionais que nos interessam e, em segundo lugar, fazer-lhes um pedido explicando o nosso objetivo. De uma forma geral, a reação é positiva e o resultado gratificante.
# 5 – Recorrer à orientação vocacional
A orientação vocacional é, sem dúvida, a forma mais segura de avaliar as nossas escolhas. Além disso, a opinião de um especialista, vai ajudar-nos a decidir com maior objetividade.